25.8.15


Escrevo, apago e rescrevo palavras e textos sem sentido algum. Mas apenas os escrevo, para aliviar isso o que tenho dentro do peito, aquela dor aguda e pequena, mas que incomoda mais do que uma noite mal dormida.

24.8.15


Sinto meu coração pesado. Pesado de angústia, infelicidade, decepção, aflição, ansiosidade e de tudo mais que exista. Sinto ele pesado de tantos sonhos e vontades irrealizadas que tenho. Gostaria de perder um pouco desse tão conhecido medo, gostaria de ter coragem para sair da minha zona de conforto e me arriscar ao mundo como sempre sonho. De conhecer gente nova, novas culturas, novos lugares, novas comidas, novas paisagens e encher minha vida com essa palavra tão pequena mas tão intensa e cheia de significado que fica quase impossível defini-la, "nova".

Mas infelizmente não consigo, porque tenho este estúpido medo dentro de mim, grudado no meu sangue, na minha pele de uma tal maneira que creio que ele já faça parte de mim, de um jeito que me faz pensar que só arrancando minha pele para ele me abandonar.

Ultimamente venho pensando em você, em mim, em nós e percebi o quanto estou ferrada. Quer saber o por quê? Descobri que estou loucamente apaixonada por você e só de pensar na ideia de te perder sinto lágrimas encherem meus olhos.

Estou apaixonada pelo seu sorriso, pelo brilho dos seus olhos adquirem quando você ri e sorri, o jeito que você os arregala levemente, quando você finge estar bravo e você se segura para não rir, o jeito que você me olha, me abraça, o seu toque, entre outras coisas.

Coisas bestas aos olhos dos outros, mas o que posso fazer se foi isso que mais me atraiu em você? Poderia ficar apenas abraçada com você por um tempo indeterminado e para mim já estaria ótimo.

9.12.13

Carta de uma suicida

Untitled


"Querido Matth

Oi, primeiramente me desculpe, sei que me matar não foi a melhor forma de resolver meus problemas e sei que deixei muitas pessoas magoadas para trás, mas não estava mais aguentando a pressão da sociedade, ou enfrentava ou cedia e você me conhece, sabe que eu sempre faço o mais fácil.
Pensando agora, eu deveria ter gravado um vídeo em vez de escrever essa carta né? Assim você poderia ter certeza que foi eu quem realmente escrevi isso, mas.. esquece, com certeza você deve reconhecer esse meu garrancho. Só me desculpe por não ter atendido as suas ligações nessa semana, por não ter respondidos seus sms ou ter atendido a porta todas as vezes que você vinha aqui, eu apenas não aguentaria te ver antes de fazer isso, teria desistido assim que visse os seus olhos castanhos estampados de preocupação comigo e a expressão de alívio que você faria assim que me visse, o jeito que você sorriria.. Só de imaginar você agora, me deu um aperto no coração, vou sentir tanta falta desse seu jeito.
Se desculpe por mim para todos por favor, os comprimidos que eu tomei estão começando a fazer efeito e já não consigo respirar direito e minhas vistas estão cada vez mais turvas, mas diga a eles que eu os amo e peço que se lembrem só das coisas boas sobre mim. E não desista da ideia de virar presidente ta bom? Acho que vou acabar por aqui, minhas mãos estão começando a ficar pesadas, não é muito gentil da minha parte entrar nesses detalhes né?



Me desculpe. Adeus e obrigada por tudo, eu te amo.
Atenciosamente, Kaya"

20.12.12


Tudo isso é um pouco triste. Pouco não, muito triste. O fim do amor, sabe. O fim de tudo. Só que uma hora a gente tem que seguir, querendo ou não. Só que ai você olha para os lados e se pergunta “Seguir pra onde?” Porque antes você tinha alguém como morada, e agora passa a enxergar nada. É nesse momento que a gente se depara com a tristeza, com a saudade, com os pensamentos negativos e a vontade de fazer coisas que você jamais pensou em fazer… Tudo para esquecer a dor, o amor, ou o que for. Antes você só bebia ocasionalmente e agora se vê bebendo assistindo a desenhos animados. Antes você nem assistia TV direito, e hoje se pega vendo novelas e chorando por causa de uma simples propaganda. Antes você saia com os amigos porque achava legal, hoje você sai com os amigos pra poder não se perder. Você evita de pegar o celular pra não fazer merda, você para de escrever pra vê se para de sentir, você acha tudo tão sem graça, tão sem cor, tão sem sal… E percebe que sua vida é nada mais e nada menos do que uma solidão. É, amar faz isso. Melhor dizendo, o fim do amor causa isso. E você até chega a pensar que o efeito final de um êxtase não é tão ruim assim quanto a sua vida. Só que a gente tem que seguir, por mais difícil e complicado que seja. É o fim do amor, e não da vida. É difícil sim, eu sei, você sabe, o mundo todo sabe. E daí? Que problemas mesquinhos que você fica ai reclamando, enquanto mais da metade da população enfrenta a fome, o frio, as guerras, e todos os outros caos. Só que nessas horas você não tá nem ai pro mundo, porque sabe que o mundo tá pouco se fodendo pra você. O fim do amor nos torna egoístas também. Problemas fúteis a enfrentar, eu sei, você sabe, o mundo sabe… Só que as únicas pessoas que sabem o quanto dói, são aquelas que já passaram por isso. O fim do amor é trágico, mas não deixe isso virar uma tragédia na sua vida.”

Texto de: Thiara Macedo